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A Carreira Solo (Contexto)

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Pensar em trabalho solo não era algo novo, desde os tempos que tocava nas bandas Overdrive Punk HC (2007-2016) e Commando Crusher (2012-2018) além de ser o principal compositor das músicas, fazia quase tudo e sempre sobrava alguma coisa para que eu pudesse aproveitar num futuro próximo, até que em meados de 2018 depois que as bandas se acabaram, chegou a hora de revirar esse baú e entrar em mais uma nova fase da minha vida que foi aos poucos se concretizando, senti que ainda tinha muita coisa para mostrar e cada vez mais surgia a necessidade de fazer algo que realmente fosse a minha cara, porque tocar em banda é muito complicado! Não desmerecendo as tantas bandas que participei, lidar com pessoas é difícil seja as certas ou erradas, então decidi meter o louco mesmo! Desde moleque no início da minha carreira musical sempre segui fielmente o lema punk do faça você mesmo sempre aprendi muita coisa sozinho, inclusive tocar, então nessa altura do campeonato era mais que natural seguir esse caminho solo, parece até coisa de louco ou algo meio egoísta mas não é, se Charlie Chaplin e Mazzaropi produziam seus próprios filmes, Dave Grohl e Prince gravaram discos tocando todos os instrumentos, porque eu também não seria capaz dentro do contexto punk? Sempre fui do underground, pois pra mim é lá que realmente as coisas se encaixam melhor, então não troco minha liberdade de criação por mais nada, sendo assim comecei a me aprimorar, levar as coisas mais a sério e mergulhar de cabeça nessa nova aventura. Dentro do contexto punk é mais comum ver bandas do que artistas solo, então já comecei meio fora do padrão e nesse conceito de série me inspirei em Rogério Skylab pois tenho uma certa fixação por números, desde criança eu já sabia decorado todos os números dos ônibus da cidade, apesar de ter uma relação de amor e ódio pelos números por causa das ciências exatas, eu amo a caligrafia e as sequências numéricas, até hoje isso me deixou meio bitolado, é como se a representação dos números fossem uma personalidade distinta, os números estão em todo lugar seja nas placas de trânsito, nos 10 mandamentos que tentam controlar a humanidade, o top 10 de alguma coisa, no dinheiro e etc. mas e o que isso tem a ver com punk? Tem tudo haver!

 

Estamos vivenciando o século XXI com seus avanços e retrocessos cuspindo na nossa cara! Então o punk sempre esteve na vanguarda com contestações políticas e filosóficas, reflexões sobre os fenômenos da pós-modernidade, transformações psicossociais, questões tecnológicas, além do som e visual agressivo tudo isso são posicionamentos fortes contra o sistema, além de já ter ganhado uma certa bagagem musical com bandas punk, em termos sonoros quis deixar algo mais heterogêneo passeando pelos subgêneros da música punk, desde punk 77, punk hardcore, crossover thrash, d-beat, crust, fastcore e até grunge, Então que tal juntar tudo e organizar essas idéias em volumes? De 1 a 10 Cada um com suas doideras? Pode ser que as ordens dos fatores alteram drasticamente o produto formando um tipo de estética maluca, afim de iniciar algo que começa num ponto de partida até chegar em seu ponto final, então é isso! enquanto estiver gente como nós fazendo coisas fora do padrão, incomodando e contestando por ai, o punk vai sempre viver independente da sua forma de expressão.

 

Como diz o mestre Nem Tosco Todo “ autonomia é o caminho” E já dizia o saudoso Redson “punk rock é vida, é autonomia, expressar sincero!

A estrada já se formou então agora é seguir a caminhada

O PUNK ESTA MAIS VIVO DO QUE NUNCA!

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