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(E-BOOK)AS GUITARRAS QUE JA USEI NESSA VIDA

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Nesse E-Book eu faço um panorama de todas as guitarras, baixos e baterias que já usei desde quando comecei a tocar até os dias de hoje

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Site oficial de Caio Cobaia - Punk Hardcore

O Movimento é tu mesmo que faz!

Olá eu sou Caio Cobaia, músico multi-instrumentista que atua na cena de rock underground de Petrolina-PE e Juazeiro-BA, em 2018 comecei um trabalho solo, no estilo Punk Hardcore.

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Caio Cobaia - Biografia

Nascido na cidade de Serra Talhada no estado de Pernambuco, ainda quando criança mudou-se para Petrolina, lugar onde se criou, cresceu e reside até hoje, os primeiros contatos com música começaram quando criança, em meados dos anos 1990 de forma inocente ouvindo CD’s e ftas cassetes de seus pais e de suas tias, os discos eram de bandas como RPM, Legião Urbana e Titãs, aos 10 anos de idade teve suas primeiras aulas de música onde aprendeu violão, mas foi a bateria a sua primeira paixão aprendendo a tocar sozinho, No início dos anos 2000, influenciado pelos seus primos Edésio Cesar e Eduardo Vieira, Cobaia aos 13 anos de idade começa a ser totalmente movido pelo espirito do rock quando escutou as bandas Nirvana e Ramones pela primeira vez, segundo Cobaia foram essas bandas que moldaram sua personalidade.

Os primórdios de sua carreira musical foram com pequenas bandas de garagem com seus primos, amigos do bairro e da escola, essas bandas eram o “Ratos de Cozinha” e a “De Mal a Pior” no qual foram experiências que mudaram sua vida pra sempre, em Janeiro de 2005 entrou para a “Destruição em Massa,” sua primeira banda punk Foram nessas bandas que Cobaia aprendeu a tocar guitarra, porém todas essas experências com bandas duraram por um curtissimo tempo.

Furia Ribeirinha e Chegando na Cena Local (2005-2006)

Sua primeira banda oficial ocorreu no início do ano de 2005 quando Cobaia, junto com Fabinho na guitarra, Adriano nos vocais e Rafa na bateria formam a Furia Ribeirinha, sendo assim Cobaia assume o baixo, resolvendo explorar outras sonoridades adotando o estilo metal alternativo tocando covers de bandas como System of A Down, Korn e Rage Against The Machine, esse estilo estava bem popular na cena local da época, algo que ajudou a impulsionar o grupo para frente, foi nessa banda que ele se apaixonou pelo instrumento, fazendo seus primeiros contatos com público da cena local, seu primeiro show foi em  Outubro de 2005 no evento “Festa Estranha Com Gente Esquisita” na Associação do Bairro Areia Branca, a banda chegou a participar de duas edições desse evento, na época com apenas 16 anos de idade ja mostrava performances empolgantes cheias de energia, a banda ficou bastante popular nesse período por conta dos vários shows realizados na época, a segunda metade dos anos 2000 um período marcado pela mudança de geração de roqueiros de Petrolina e Juazeiro, no qual surgiram novas pessoas na cena e novas bandas estavam começando nessa época, Junto com a banda Fúria Ribeirinha Caio Cobaia foi uma delas.

Batismo Punk e Lixo Tóxico (2006-2007)

 

Em 2004 Cobaia ja conhecia o punk rock mas foi em 2006 que Cobaia se encontrou definitivamente com o estilo, e graças ao advento da internet foi descobrindo de forma mais autônoma e aprofundada bandas punk nacionais e internacionais, 2006 foi o ano de “Batismo” no punk rock, em meio a esse clima de epifania em Setembro de 2006 Cobaia Recebe um convite para fazer parte da banda de Punk hardcore Lixo Tóxico, deixou a Fúria, largou o baixo e virou guitarrista da banda, formando um trio junto com Junior Arimatéia no baixo e vocais e Thiago na bateria e foi na Lixo Tóxico que Cobaia efetivamente iniciou sua jornada como compositor dando início aos seus primeiros trabalhos como músicas autorais, criando arranjos, melodias e fazendo parcerias em algumas letras, a banda começa a se destacar rapidamente com sua sonoridade simples e direta com presenças de palco cheias de energia e intensidade, o seu primeiro show foi na associação do bairro Areia Branca em Outubro de 2006, depois disso não pararam mais e começaram o ano seguinte tocando a todo vapor abrindo para bandas importantes que estavam em ascensão na cena da época como os Andranjos, e até bandas já veteranas como Peraltas, In Morais e AP-805, Cobaia na Lixo Tóxico vivenciou a época dos "grandes shows" no parque municipal, onde tocaram para um grande público, isso os favoreciam porque a cena local na época era bastante ativa com muitos eventos no decorrer do ano. Era uma fase regada muita rebeldia, intensidade e punk na veia, três adolescentes fazendo rock’n roll botando todas as suas angustias para fora, também foi a primeira vez em que o mesmo pisou em um estudio de gravação na vida, onde gravou seu primeiro e unico registro com a banda o EP Intoxicando a Sociedade lançado no início de 2007.

 

Overdrive Punk HC (2007-2017) 

 

Em meio as divergências e tensões, no segundo semestre do ano 2007 Cobaia sai do Lixo Tóxico e junto com seu amigo Cleudo inicia-se uma outra fase na sua vida, resolvem montar a Overdrive Punk HC, sendo esse seu trabalho com banda mais consolidado antes da carreira solo, a primeira formação era Cobaia na guitarra, Cleudo na bateria, Alex no vocal e Willames no baixo, agiam de forma despretensiosa e as vezes tosca, apesar dos tantos altos e baixos a banda foi se desenvolvendo com o tempo e criando as primeiras músicas.

 

Em Agosto de 2008 chegaram na sua formação classica, a mais conhecida composta por Cobaia na guitarra, Lameque nos vocais, Cleudo na bateria e Fábio Bozo no baixo, essa formação gravou 2 discos de studio, Por um Mundo mais Justo (2008) e Desordem e Regresso (2010), no qual seu segundo álbum é considerado um dos melhores discos da banda, em ascensção, no auge da boa forma, sempre muito ativos e com seus shows eletrizantes, foi uma época de muita empolgação e energia onde cada membro era peça chave dentro da banda, Cobaia e Cleudo eram os principais compositores e letristas da banda, Lameque tinha voz e agressividade e o Bozo tinha os contatos e carisma, fizeram shows memoráveis foram realizados como o “Dia Mundial do Rock”, “Rock in Rio Corrente”, “Carnarock”, “Bodezilla 7” e o palco alternativo do “Festival Raiz e Remix”,

 

Em meados de 2011 passaram por mudanças na formação entrando Jonathan no baixo e Bruno na bateria, sem Cleudo Cobaia vira o lider e compositor principal e faz mudanças em sua sonoridade encorporando riifs e tons mais pesados, no ano seguinte lançaram seu terceiro álbum ADR (2012) se tornando o segundo melhor álbum da banda, a boa repercussão do disco fez banda atuar em eventos do cenário metal participaram de shows importantes na época como o “Festival Grito Rock”, “ A Praça Convida”, e o “Festival Sertão In Rock” onde abriram para o Ratos de Porão, apesar da boa agenda de shows o clima na banda era cheio de altos e baixos.

 

No final de 2014 a banda sofre outra mudança de formação com Samuel no baixo e Philipe na bateria onde lançaram o quarto e ultimo disco Singelas Realidades (2015), que se destacava pela sua capa icônica, a banda ia seguindo em frente fazendo shows como o “Festival Concha’s Rock” , “Cangaço Rock Fest” e “Festival Petro Hell” onde abriram para a banda Nervo Chaos, em meio a sinais de cansaço, e uma cena local com pouca atividade, o ultimo show da Overdrive Punk HC foi no final de 2016 logo após a banda entrou em hiato e se desfez oficialmente no início de 2017, depois de quase 10 anos de estrada.

 

Carreira Solo (2018-Atualmente) 

 

Em meados de 2018 um ano após o fim da Overdrive Punk HC, Cobaia começa a se dedicar a sua carreira solo, buscando novas possibilidades dentro da cena underground e reafirmando seu compromisso com o Punk, se iniciava uma nova etapa na sua vida, visando buscar mais autonomia e liberdade criativa, destacando suas hablilidades artisticas, como produtor musical, músico multi-instrumentista e artista visual, sendo assim seu trabalho é todo autoproduzido, tocando todos instrumentos (baixo, guitarra e bateria), além dos vocais e cuidando de todo processo criativo desde a composição até o lançamento.

 

Aficionado por números e sequências, sua discografia é baseada em uma série dividida em volumes que são Influenciados por várias vertentes e estilos dentro da música punk, (punk rock, hardcore, crossover, d-beat, crust, grunge) o som pode variar dependendo do contexto de cada álbum, com o passar do tempo seu estilo de composição e de sonoridade ficaram bem característicos, como os baixos intensos e bem trabalhados em todos os álbuns, outra característica predominante são as letras que trazem temas filosóficos e político-sociais, questões sobre a contemporaneidade e a vida cotidiana.

 

 

Ao longo desse período Cobaia ja lançou os álbuns, Volume 1: Caio Cobaia (2019), Volume 2: Do It Yourself (2020), Volume 3: Terceira Parte (2021), Volume 4: Sistematizado (2022),  Volume 5: Humorstique(2023) e Volume 6 (2024) Sendo assim seu trabalho vem sendo divulgado através das redes sociais, e por intermédio de serviços de streaming como o Youtube Music, Deezer, Spotify, Amazon Music e etc, além de participar de entrevistas em fanzines, coletâneas, playlists e rádios underground.

 

Em suas perfomances ao vivo, Caio Cobaia toca guitarra e os vocais, sua banda de apoio é composta apenas por um baixista e um baterista, fazendo shows regularmente em festivais dentro e fora da cena local.

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Discografia Comentada

Volume 1 - Caio Cobaia

Julho de 2019

As minhas primeiras experiências com gravações foram em meados de 2008 a 2010 com um aparelho de mp3, numa espécie de “gravação por cima da gravação” fazia alguns covers e algumas autorais que seriam pra Overdrive e outras para Comando Crusher mas as músicas nunca saíram do papel e ficaram arquivadas por muitos anos, tempos depois no ano de 2018 lá estava eu sem nada pra fazer e acabei acessando arquivos antigos em meus dvd’s de dados, fui procurando rascunhos de letras para serem resgatados desse baú velho, e no meio dessas velharias acabei achando essas gravações antigas que eu nem lembrava e as ouvi, foi uma catarse!, um momento de revelação, uma epifania! me dei conta de que tudo isso já era um trabalho solo, isso me empolgou bastante, comecei a ter vários insights de ideias, algumas dessas músicas eu tinha escrito há mais de 10 anos mas poderiam ganhar uma nova vida em um novo projeto, então esse foi o ponto de partida do meu trabalho solo, e quando a gente fica inspirado não tem hora e nem momento, comecei a compor bastante coisa nova para juntar com os sons antigos resolvi pegar as músicas novas e repetir o mesmo método de antigamente fazendo as gravações pelo gravador do meu celular afim de transforma-las numa demo, usei um Cajon emprestado pra simular uma bateria e o som dos pratos eu usava um aplicativo de celular, de tanto ouvir essa demo, foi ficando claro o que ali já tinha vários elementos do que seria a identidade do meu trabalho por que a maneira que eu tocava cada instrumento se complementava, gostei dos arranjos e vi que essas músicas teriam futuro se forem gravadas com qualidade, os sons novos e antigos totalizavam em 12 faixas que seriam mais que suficiente para fechar um possível álbum, no ano seguinte focado em botar isso em prática foram tentativas todas sem sucesso de escolher um estúdio, os preços eram muito caros e os técnicos de som não iriam fazer do jeito que eu realmente queria as músicas que soassem, então resolvi que iria produzir e gravar meu próprio disco, então nesse hiperfoco passava muito tempo fuçando na internet coisas sobre gravação e edição de áudio, aos poucos fui aprendendo uma coisinha aqui e ali então resolvi me arriscar!

Quanto ao processo de gravação eu resolvi fazer tudo em casa esse foi o O Início do Cobaia’s Home Studio, meu hiperfoco estava em gravações então foi algo muito louco e ousado, naquela época eu não sabia gravar uma bateria de verdade então optei por usar uma bateria eletrônica, usei o classic drum, porque esse app de celular além de ter um som bacana também podia fazer gravações nele para depois exportar os arquivos, então comecei por partes fazendo caixa e bumbo junto, algumas músicas que tinham viradas eu fui colocando o tom e surdo também, fui tocando e gravando pelo celular depois exportei os arquivos pro computador e usei o Audacity como minha primeira DAW (Digital Work Station) quanto o resto das peças o chimbal e os pratos eram de verdade e usei um microfone pra captar o som, gravando overdubs foram 4 canais ao todo e depois de tudo montado peça por peça fui programando manualmente até formar o ritimo das músicas, depois de deixar todas as baterias montadas fiz algumas modificações no som com equalizador do audacity, nossa foi a coisa mais maluca que tinha feio, o ritmo de punk hardcore não tem tanta firula é simples e direto, a dinâmica não é muito variada então não era tão complicado montar as batidas, eu já sabia tudo de cabeça e tudo pensado para ser algo que soasse igual ou melhor se fosse tocado ao vivo, então o resultado ficou legal, eu mesmo mentia por muito tempo dizendo que era uma bateria de verdade e até hoje tem gente que acredita, a próxima etapa foi a gravação do baixo foi gravado de forma bem simples e empolgante, graças ao amplificador (Warm Music BA-110) que peguei emprestado o timbre do baixo ficou cru e natural, eu sempre gostei de tocar contrabaixo então nesse disco tem uma melhor linha de baixo do que o volume 2, basta ouvir as músicas para entender, dois dias depois retomava para mais uma parte da gravação, (a guitarra foi a melhor parte), eu aluguei um amplificador Marshall JCM900 Versão Combo (porra eu sempre fui fã de amplificadores da Marshall) meu timbre de guitarra tem muitas referências nesse amplificador, ele era 100% valvulado e gravei no banheiro de casa para pegar melhor o reverb, era o melhor timbre que já tinha tirado até então, tive que usar protetor de ouvido pois estava gritando na minha cara, agora eu sei porque os guitarristas amam valvulados, o ultimo dia foram os vocais, estava lá berrando no meu quarto e ouvindo os vizinhos me chamarem de louco, (eu nunca fui vocalista, então era tudo novo pra mim) nunca tinha gravado meus vocais isoladamente,  e ao ouvir meus vocais desse álbum soa um pouco tímido e as vezes irônico, empurrei grave pra caramba pra diminuir o som anasalado da minha voz, os vocais corresponderam bem a proposta do disco o que acabou padronizando um timbre que eu não sabia, graças ao bom microfone que tinha comprado (Shure SM58), os dias seguiam e o disco foi sendo lapidado todo dentro do meu quarto, usei uma interface de áudio (Behringer UMC-22) e junto com o Audacity usei para gravar os áudios das guitarras, baixo e vocais, o resultado final  foi razoável ficou uma gravação bem mais limpa do que eu já tinha feito até então, a capa desse álbum é um autorretrato, que desenhei com pincel de quadro branco, sendo assim lancei no meu canal do Youtube e um ano depois saiu nas plataformas de streaming, foi bem na cara e na coragem mesmo

Apesar da versão original ter um som audível, era cheia de erros, mesmo as pessoas gostando do álbum isso me deixou bastante incomodado, algum tempo depois lá em 2022 eu resolvi dar um trato de vez, uma repaginada, uma reforma, foi um mês inteiro de trabalho de correções e edições feitas cirurgicamente, transferi todos os arquivos de áudio para o Reaper, muitas coisas da bateria ainda estavam fora do tempo, na época eu não tive tanta paciência pra editar então a primeira coisa que eu fiz foi colocar todas elas novamente no tempo, e “humanizar” um pouco mais as dinâmicas de ritmo, Foi um trabalho que levou dias! Mas valeu muito apena porque ficou bem mais realista o som da bateria Frankstein A segunda coisa que eu fiz foi corrigir a afinação dos instrumentos por sorte a guitarra estava boa e não mexi em nada, não queria perder aquele timbre Marshall porém o problema mais crítico era no baixo que estava embolado e desafinado, então tive que regravar o baixo com a afinação em diapasão com a guitarra, optei por usar um outro baixo um Jazz Bass da Tagima, e regravei tudo com a mais alta fidelidade, como não tinha mais amplificador infelizmente tive que usar plug-ins e deu muito certo!, agora sim o baixo ficou perfeito!, quanto as vozes por sorte não estavam clipados então só corrigi uns trechos que estavam fora do tempo, E nossa depois de muito trabalho e paciência o álbum ficou ótimo!, tudo ficou mais limpo e bem tocado, fiquei muito satisfeito com o resultado final, dei uma repaginada na capa, melhorando a qualidade da imagem adicionando mais elementos no encarte e na parte traseira O resultado final ficou muito bom!

O disco volume 1 foi lançado originalmente em 31 de julho de 2019, mas foi na versão editada de 2022 que ele realmente ganhou seu destaque, as pessoas foram gostando cada vez mais, enfim ele abre a série, é nesse álbum que estão firmados todos alicerces do meu trabalho, apresentando uma sonoridade que oscila entre o punk rock clássico e claro a tosqueira do punk hardcore brasileiro dos anos 80, apesar de ter coisas inéditas era uma reciclagem de letras e músicas apresentando os mais variados temas, afinal eram várias coisas que estavam sendo afloradas naquele momento e fui arriscando mesmo! Seja tocando um tecladinho louco, música instrumental, cantando em idiomas diferentes, doses de ironia e foi assim que se concluiu essa história e desde a data de seu lançamento original o álbum gerou singles como “Anos 2020”, “Adulterado” e a clássica “Nos Buracos da Cidade” que ao vivo não podem faltar nos shows! O volume 1 é isso! O pontapé inicial, é um dos meus favoritos, é a primeira parte!

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Volume 2 - Do It Yourself

Janeiro de 2020

O processo de composição desse disco seguiu no embalo do lançamento do volume 1, nessa altura eu já estava fazendo meus primeiros shows solo, fazendo web clipe, lives nas redes sociais, e me apresentando em lugares pequenos (usando backing tracks), senti que necessitava de um repertório maior para que minhas apresentações durassem mais tempo sem querer fazer covers, então resolvi compor mais músicas, nos meses de agosto e setembro de 2019 eu escrevi e compus todas as 12 faixas desse álbum, agora já padronizado o método de composição (gravação de celular de com guitarra e voz + overdubs de bateria virtual e baixo) analisando e aprovando os resultados obtidos saia a versão demo do volume 2, o processo foi bem mais fácil, as músicas seguiam naturalmente por uma estética mais rápida e direta, passei o mês de outubro ouvindo a versão demo e ensaiando quase todos os dias, não quis gastar com estúdio eu resolvi gravar o disco todo em casa, para que isso fosse possível usei a grana do FGTS e mais umas economias guardadas para investir em equipamentos, comprei um outro microfone um Arcano A57

 

Dessa vez não queria usar mais bateria eletrônica, eu queria tocar de verdade então a bateria escolhida foi a minha velha BNBzona, ela tinha algo especial que as outras BNB’s não tinham, os tambores dela tinha som pra caramba,  comprei um prato crash ride 20” para completar meu setup de pratos e uma interface de áudio (a mesma que gravei o vol. 1) mas o cara se arrependeu, me devolveu a grana e pegou a interface de volta, fiquei muito chateado com isso, afinal era uma interface boa, então usei a grana e comprei cordas novas para a guitarra e comprei um cabo novo, nesse intervalo de tempo, recorri ao meu primo Eduardo uns equipamentos emprestados para poder gravar melhor, ele tinha um chimbal da Sabian e uma caixa de batera da premier que era show de bola, finalmente com todo aparato disponível pra gravar a bateria, na manhã do dia 4 de novembro, aproveitei que estava só em casa e resolvi me aventurar no primeiro dia de gravação do volume 2, usei o quarto que era da minha irmã (que virou um deposito de marcenaria do meu pai) para gravar a bateria, eu sempre achei a acústica do quarto muito boa pelo fato de ser todo cheio de madeiras que meu pai usa para construir, usei uns pedaços de espumas de colchão velho, colando em alguns cantos das paredes para tratamento sonoro do quarto, houve um imprevisto na hora da gravação que se deu com a interface de Eduardo que acabou não dando certo, o som dela não saiu tão bom como eu queria, então resolvi usar a placa on-board meu notebook e como ela só tinha um único canal de entrada, não deu para usar os dois microfones, liguei um microfone na placa do notebook, regulei o volume do ganho e fui testando o som microfonando o amplificador de guitarra, feito os testes notei que o som da placa do meu notebook saia bem melhor que o da interface, então decidi em gravar a bateria toda com um microfone só, fiz um pedestal improvisado e peguei o microfone 57 genérico e mandei brasa! O ponto positivo que me agradou bastante era que a bateria foi tocada com muita vontade (dá para sentir a energia das músicas) cada nota ficou bem executada, batia forte pra caramba, apesar de não ter tido paciência com o posicionamento do microfone o volume 2 foi o primeiro disco que eu usei uma bateria de acústica soando mais natural e agressivo que o anterior.

 

Os 4 dias que seguiram foram para gravar as cordas (baixo e guitarra) e os vocais dessa vez eu quis fazer com tudo que eu tinha ao meu alcance, sem usar simulador, então usei um cubo de guitarra que eu sempre estava acostumado em usar (Meteoro Nitrous 100 com dois falantes de 10”) microfonado com meu pedalzinho clássico (Landscape Brutal Distortion BRD-2) pra tentar manter o mesmo timbre característico do disco anterior, a minha guitarra (Memphizona adulterada) estava bem reguladinha e gravei tudo num take só, o resto foi overdubs de solos pequenos, foi o disco mais fácil de gravar na guitarra, acho que a energia da guitarra desse disco pedia toda essa urgência, porem a experiência do disco anterior foi inesquecível, na gravação do baixo usei o velho guerreiro branco com o mesmo cubo do disco anterior (BA-110), um leve drive em algumas músicas pra poder dar mais destaque, o timbre até que estava bom, apesar de não afinar direito, as cordas dele (calibre 0.45) estavam muito duras, estava muito desconfortável a tocabilidade, minha mão quase foi pro saco, mas era o que eu tinha e não iria pegar mais nada emprestado de ninguém, os vocais desse disco estão mais espontâneos e mais gritados também, depois de uns berros você se encaixa no seu tom de voz, e o resto já era fica mais fácil de fazer, usei o mesmo microfone dinâmico que usei no anterior (Shure SM58) pois para o meu estilo de som, cantar com microfone condensador não combina muito, a bateria eu com um microfone só, coloquei na posição transversal e mandei brasa,  ainda sem experiência em gravação fiz algumas equalizações meio que na doida e ficou por isso mesmo e acabei lançando em de Janeiro de 2020 no Youtube e no meio do ano foi lançada nos  streamings sendo essa a versão original durante esse tempo gerou 3 singles que foram “Do It “Yourself”, “Cleptocracia” e “Punk” que foi a faixa mais tocada nos streamings graças a playlist “Hinos do Punk Brasileiro” dos caras do Punkzilla.

 

2 anos após o lançamento do Vol 2 em 2022, eu resolvi dar um jeito nesse disco, uma melhorada nele de forma mais aprofundada, com um pouquinho de experiência nas costas mergulhei de cabeça, na gravação original o ponto mais crítico era o baixo que não estava bom, pelo menos bateria e as guitarras foram bem tocadas não tive que editar e colocar no tempo, e ai fiz o mesmo processo do Vol 1, refiz todos os baixos sem alterar os arranjos originais, a bateria não tinha muito o que fazer eu apenas dupliquei os canais, usei um equalizador e compressor pra poder ouvir um pouco do bumbo, no restante da mixagem os vocais em algumas músicas estavam clipados, que foram resolvidos baixando mais o volume, que salvou tudo mesmo foi o baixo que ficou mais definido e deu até mais peso em algumas músicas, também uma repaginada na capa, melhorando a qualidade da imagem, consequentemente as pessoas conhecem o Vol 2 pela versão editada que é muito melhor de se ouvir, um álbum honesto feito na raça mesmo, é um disco de atitude que merecia ser repaginado, o resultado final deu uma diferença bem significativa, nada mais justo para um álbum que foi gravado sem interface de áudio e dentro de um quarto apertado, agradeço as pessoas que me falam que gostam desse disco, foi o primeiro álbum que toquei bateria, era o melhor que tinha na época!

 

 

Sendo assim em sonoridade o Volume 2 é um disco bem mais “Hardcore” que o anterior, no original tinha 12 faixas com a música “Polarização”, nessa versão editada eu resolvi retirar essa faixa porque o som ficou muito ruim e a letra ficou sem pé nem cabeça, o que era pra ser uma ironia ficou parecendo um discurso apolítico, as músicas do Vol 2 que são mais ouvidas são: “Do It Yourself”, “Cleptocracia”, “Idiossincrasias”, “Urbano de Zumbis”, “Falsidade Oculta” e “Punk! ” É um álbum que quando as músicas são tocadas ao vivo é empolgante e descarrega grande energia, Tem muitas influências de punk brasileiro e americano.

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Volume 3 - Terceira Parte

Fevereiro de 2021

 

Em meio tantos episódios fatídicos como término de namoro, e o caos da pandemia de 2020, alterou bastante meu estado de espírito, me tornei mais contido e introspectivo, aproveitei a quarentena para compor um novo trabalho que é a terceira parte, em suma devido a tantas coisas tensas acontecendo, eu só tinha vontade de ouvir som mais pesado, o som do Nirvana, das Babes In Toyland e principalmente do L7 me fez reacender o grunge que estava escondido em mim para servir de inspiração para esse novo trabalho, a sonoridade insana delas, o peso das guitarras me dominaram completamente nesse período pois eu não conseguia compor outra coisa que soasse diferente disso, eu quis mudar totalmente o contexto das letras, pois estava de saco cheio de tudo, eu quis voltar para mim mesmo, e produzir um disco mais introspectivo e mais intimista, explorando elementos do grunge com o velho punk Hardcore que toco desde moleque, os meses iam avançado e o vírus também, e todo esse processo de isolamento social me deixou muito pilhado das idéias, a ansiedade me dominava o tempo inteiro, e a solução era compor e trabalhar loucamente para compensar o tédio, então o volume 3 nasceu dessas angustias e novas realidades batendo com força na cara, o processo de composição foi muito tranquilo, regado a muitas cachaças misturadas e muitas bolachas recheadas, foi tudo naturalmente, eu só escrevia o que vinha na mente, não quis me prender a nenhuma estética punk, política nem nada, só coisas aleatórias, algumas reflexões também para não fugir do foco da série, esse disco pedia bases pesadas, uma coisa mais densa, vocais distorcidos, um baixo muito forte, tudo isso com muita intensidade, depois das experiências do discos 1 e 2 eu já estava bastante calejado no quesito de gravação, aprendendo sempre a cada volume esse graças ao dinheiro dos shows que fiz antes da pandemia e do auxílio emergencial, eu investi bastante em equipamentos, comprei um baixo novo (Precision Bass Gianinni GIB 400 dos anos 2000), troquei as peles da bateria, comprei cabos novos, finalmente consertei minha guitarra a velha tonante que usava desde os tempos da Overdrive e por fim comprei uma interface de áudio da Roland (Duo Capture MK2), bem simples porem muito boa!, todos esses upgrades foram bastante cruciais para que esse disco ficasse com uma qualidade melhor que os anteriores, depois de meses ensaiando todos os arranjos das músicas, trabalhando os baixos e as baterias, finalmente chegou o dia de gravar tudo, o processo foi muito mais tranquilo e muito mais cuidadoso de gravar a bateria, dessa vez eu testei mais de 5 vezes uma posição boa para o microfone captar a bateria e por uma sutileza consegui tirar um som bacana na minha simples bateria usei meu Shure SM 58 e o software eu gravei no Reaper, a bateria foi daquele jeito, sem metrônomo, só na força do ódio, a maioria foi feita em um único take, tocando de forma espontânea e despretensiosa, eu só tinha vontade de espancar todo e jogar toda angustia pra fora, o resultado desse som de bateria ficou muito melhor do que eu esperava, afinação dos tambores e da caixa mais grave resultou num som forte e pesado foi assim o dia da bateria, outro ponto que foi diferente em relação aos anteriores foi a ajuda que Winston me deu na mixagem da bateria, esse cara é uma pessoa que eu admiro muito, é um cara muito respeitado na cena de Petrolina e Juazeiro, um mês depois de ter gravado a bateria dentro do meu quarto, ele disponibilizou o seu estúdio para fazer a gravação das guitarras e dos baixos, o estúdio dele tinha altos amplificadores valvulados, muita coisa boa, ele mixou toda a bateria, e fez um trabalho muito bom, eu gostei pra caramba, reforçou muito mais do que eu já tinha feito, foi o melhor som que já tinha feito com uma bateria BNB graças as peles novas, os bons pratos, por ter testado várias vezes a posição do microfone e logico pela minha performance!

Ai seguimos para a gravação do baixo que foi uma experiência muito boa, meu novo baixo “o precision envenenado” estava todo bem regulado e com uma captação muito boa (malagoli p-hot), usei um amplificador da meteoro de 200W ligado em linha na interface de áudio de Winston, equalizei do jeito que eu queria, então foi nada mais que tirar aquele som roncado e intenso que caiu como uma luva na sonoridade desse disco, e sem usar nenhuma palheta, todo peso desse disco eu acho que se garante ao peso desse baixo, e as linhas melódicas tocadas nele que foram muito bem executadas, eu gravei o baixo todo num take só, depois disso eu fiz algumas sessões de guitarra mas acabei não gostando muito do resultado pois não casava bem com o timbre “marshall” dos discos anteriores, mas estava muito feliz e satisfeito com a ajuda que Winston tinha me dado, ele conseguiu dar um trato fino na bateria, e deixar o baixo muito porradeiro, então para gravar as guitarras resolvi contar com a ajuda de Son Sallez da banda Cidades Aparte para me emprestar o seu amplificador que era uma belezura, não era o mesmo Marshall JCM 900 valvulado como o que eu usei no volume 1 mas era um modelo Marshall MG HDFX 100 transistor stack de 100 watts, o amp é muito bom ele tem alto falantes enormes, o processo foi bem simples, então voltando ao meu home studio gravei a guitarra no meu quarto, usei só o meu velho microfone Renius 7 da Arcano (Cópia do SM 57 da Shure) e mandei ver!, nossa esse amplificador me surpreendeu totalmente, o resultado foi muito bom e consegui chegar no timbre que eu queria usar na guitarra, dessa vez usei as duas guitarras a minha velha memphis stratocaster preta para a maioria das músicas e a tonante para algumas, foi muito louco!, depois de umas duas semanas, eu resolvi gravar os vocais, nesse dia eu estava meio chateado com umas coisas, então isso contribuiu para que os vocais desse disco saíssem mais gritados e distorcidos, não foi nenhum mistério, apenas usei o meu velho SM 58 e apenas cantei, não fiz nenhum tratamento de voz na mixagem, usei apenas um pop filter improvisado com uma meia calça da minha mãe deixei ele cruzão mesmo!

 

Eis que em dezembro do ano de 2020 eu comecei a fazer o processo de mixagem final, pois a captação dos instrumentos foi totalmente orgânica, por isso eu foquei bastante na boa execução das músicas para ter o melhor trabalho possível, eu não queria repetir os mesmos erros do volume 2, eu costumo dizer que foi no Vol 3 que começou as minhas paranoias de perfeccionismo pois eu passei muitas vezes mexendo e refazendo coisas, repetindo inúmeros takes e isso foi ótimo pois na mixagem foram muito poucos os ajustes, era mais ajustar volume da guitarra e do baixo, o som já estava todo pronto,  pois eu queria uma sonoridade próxima do grunge mas sem sujar muito o som, foram semanas nesse ritmo sempre fazendo e refazendo coisas, até que finalmente depois de muita insistência e repetições ficou do jeito que eu gostava, e lancei satisfeito.

 

Terceira Parte é representado pela cor azul escuro, traz esse contexto diferente dos anteriores, é um álbum de punk hardcore com influências grunge, o resultado dessa mistura de estilos traz uma sonoridade mais densa e abafada, originalmente a capa dele era uma foto selfie que tirei dentro de um ônibus vazio, depois eu mudei a capa onde só tem o ônibus vazio, me inspirei no disco Subterranean Jungle do Ramones onde eles estão dentro de um trem e bem desanimados, esse disco contem 13 faixas com guitarras mais gordas e baixo agressivo e o som da bateria soando como marteladas  nesse volume traz muitas coisas aleatórias nas letras, coisas da psicologia, eu não estava muito inspirado pra escrever, tem um som instrumental que me faz lembrar as viagens de ônibus que fazia, sempre olhando as paisagens e viajando na maionese, sem contar nos efeitos colaterais da mudança brusca da pandemia, autodúvidas, autocríticas, a música “Sem Nome” é uma autocrítica, o bordão “precisamos a internet das coisas” , traz muito à tona as doideiras da época em “Clichês” eu toco o foda-se mesmo, em tempos de pandemia a gente fica pilhado se viciando em alguma coisa, fiz cover da Overdrive com a música “Desordem”, que casou totalmente com a sonoridade do disco, a melhor versão já gravada.

 

O Vol 3 foi lançado no início de 2021 no mês de fevereiro, lançado nas plataformas de streaming, gerou singles como “A Parte que Me Falta”, “Ser Invisível”,  “Ansiedade Máxima” e “2004” esse disco sei lá, ele marca uma transição de fase, comecei a melhorar a qualidade dos meus discos e entrar num mundo mais fechado e introspectivo, é um dos meus discos mais favoritos de ouvir, consegui gravar de forma bem simples e com qualidade, é pesado, é intenso, é melancólico, sendo um produto da quarentena

 

 

 

 

 

Volume 4 - Sistematizado

Fevereiro de 2022

Estavamos no ano de 2021 que foi um dos anos mais difíceis da minha vida, muitos acontecimentos negativos a pandemia em seu pior momento, sem shows, desemprego, crises de ansiedade, desânimo, falta de perspectiva, perdi o meu avô no final daquele ano que foi muito doloroso para mim, então foi um contexto bastante pesado, como ja tinha planejado a sonoridade desse álbum se refletiu em muita raiva reprimida, da sociedade, da realidade e de tudo, esse álbum eu queria fazer o mais pesado possivel retomando coisas que eu fazia quando tocava no overdrive só que dessa vez muito mais bem produzido e elaborado, a idéia era superar o disco ADR que eu gravei lá em 2012 eu realmente estava querendo fazer um disco bastante pesado, a pré produção desse disco começou em junho com um planejamento de repertório, quis fazer uma coisa mais voltada ao industrial e ao cyberpunk, as letras foram escritas ao longo do tempo, muitas eu ja tinha feito antes a música "todo dia é o mesmo dia" feita em 2020, tentei lançar como single mas a gravação ficou uma merda, então ela voltou no volume 4 o processo e produção durou 9 meses no geral, for todo um processo árduo de preparação, principalmente da bateria que foi o maior desafio pois eu não sou muito expert em tocar crossover thrash na bateria, foram 3 meses de ensaios constantes para aprender a manhas desse ritmo os primeiros ensaios foram muito dificeis eu achei que não ia conseguir ter resistencia, mas a insistência foi o maior combustível, os arranjos de guitarra e de contrabaixo não foram tão complicados, apenas fiz algumas melhorias em alguns arranjos até que ficasse legal, na parte das letras ja tinha algo escrito em 2020 e em 2021 escrevi mais algumas, então ficou 11 faixas cantadas e uma instrumental, durante o processo de composição foram feitas varias revisões nas letras até chegar no resultado final, na temática que eu queria gravar o volume 4 foi mais um aprendizado, um processo que teve seus desafios e vitórias dessa vez eu tive ajuda do meu amigo Lucas Valença no qual ja tinha feito uns videos de "self collab" e que tinha gostado muito do resultado, e ai eu quis gravar la novamente, então ele cedeu o quarto da sua casa e usei a sua bateria uma pearl export dos anos 1990, porra a melhor bateria que ja toquei, ela tem um som maravilhoso! a bateria foi, gravada do velho jeito de sempre em dois canais com dois microfones um SM 58 no direto bumbo e o um outro Renius 7 na posição transversal, usei o meu notebook com minha interface para gravar o mic transversal e valença usou o desktop dele para microfonar o bumbo sem interface mesmo, e o programa de gravação usamos o reaper, mesmo eu estando muito bem ensaiado foi dificil pra caramba teve musica que repeti cinco ou mais takes, pois tocar hardcore thrash não é moleza, gravei as mais "faceis primeiro" e deixei por ultimo as mais "dificeis" e no fim tudo deu certo gravei daquele jeito, sem metronomo e mandando ver tocando o mais forte que eu puder aliás essa bateria de Valença era muito boa cada toque era um orgasmo! depois da gravação da bateria passei um tempo sem gravar e fui fazer logo a mixagem da bateria poxa eu tive uma surpresa bastante chata! o som da caixa não saiu legal, eu fiquei puto, achei que iria fazer tudo denovo, então tive que fazer um sampler da caixa pra resolver o problema, peguei a caixa de valença e captei o som dela e fui quantizando manualmente em todas as musicas, nossa foi um trampo!
coisa de psicopata ter feito caixa por caixa em toda as musicas, já que eu não sabia usar o recurso de trigger no Reaper só depois que eu descobrir esse negócio de Trigger isso veio pra ficar nas minhas gravações, mas o resultado ficou divino! o melhor som de caixa o som da bateria ganhou uma vida ficou muito bom, destacou muito, e agora eu sempre foi prestar atenção ao som de caixa em toda gravação que tiver! o resto e nesse intervalo fui fazer a capa do disco, foram varias tentativas de artefazia uma depois mudava outra até chegar na capa definitiva, me inspirei no exterminador do futuro tirei uma selfie da minha cara e fiz uma montagem no paint usando uns cabos passando pela minha cara, eu quis fazer uma arte bem fora do padrão, colquei um estilo de letra parecido com a  nokia. quria algo que chamasse atenção mesmo, toda essa coisa de digital e máquina, eu queria passar essa coisa no volume 4 chegamos no dia da gravação do baixo, que foi bastante simples aliás eu ja sabia exatamente como eu queria o timbre do baixo, parecido com o volume 3 peguei emprestado o mesmo amp o meteorozão de renan, liguei na interface e ja era, gravei em casa de boa, como ja tinha ensaiado os arranjos antes depois que você ja cria um estilo de tocar a coisa sai naturalmente os baixos do volume 4 são muito potentes e agressivos e bem trabalhados lógico não tive que ficar me fudendo pra criar coisas, a gravação do baixo foi a mais facil de todas, e o som ficou agressivo e roncador,  o meu precision estava roncando mais do que nunca, bem regulado e com cordas novas, aliás eu amo o som desse baixo, ele casa bem com tudo, gravão da porra! as gravações de guitarra ocorreram um mês depois, dessa vez eu demorei um tempinho pra gravar cada instrumento sem ter que gravar tudo de uma vez como foi nos discos anteriores, eu não canso de dizer que nos meus discos o som de guitarra é sempre dos amplificadores da marshall, o felizardo desse disco foi um clássico DSL 40 Valvestate com falante de 12 polegadas, mais uma vez aquela trabalheira pra microfonar um amplificador testei sete vezes até achar o jeito que eu gostava, microfonei com o Renius 7, usei a distorção do amp mais um pedal (Boss SD-1) pra dar uma empurrada era 40% pedal e 60% amp  essa combinação resultou no timbre de guitarra mais pesado que ja tirei em todos esses anos, a guitarra foi a velha memphis preta, bem regulada e com cordinhas daddario novas, é incrivel como eu caso bem com o som do marshall os riffs ficaram muito loucos, meu som tava muito parecido como o Jão do Ratos de porão, pois a idéia era que a guitarra soasse assim, pois pra esse tipo de som pesado Jão é minha referência maior, e saiu lindo as guitarras do 4 sairam limpas, gordas e pesadas, eu não precisei nem fazer dobras, esse disco teve musica que usei tecnica de tapping, outras um pull of, e hammer on, o que eu mais usei nesse disco foi pal mute, e muitas palhetadas, foi dificil pra caramba fazer isso com precisão, foi um processo mais maduro e mais técnico do que as guitarras que eu fazia na overdrive fiquei contente com o resultado das guitarras, poir era isso que eu queria, peso, pegada e velocidade. o aprendizado desse disco foi ter que fazer tudo da melhor forma possivel, com muita calma sem fazer de todo jeito, tocar som pesado não é fácil! o instrumental estava ficando maravilhoso, e era por que não tinha nem mixado ainda tudo, e chegava o dia de fazer a gravação dos vocais depois do desafio de gravar a batera a voz foi também uma batalha porque esse disco precisava de berros mais agressivos então eu me esguelhei como um louco no mesmo pop filter caseiro usando uma meia calça da minha mãe e usei o SM 58 pra gravar, cada música era um berro, e um gole d’água, foi tana gritaria que eu tive que gravar os vocais em 3 dias pra não ter que ferrar toda minha garganta, vocais simples e diretos sem frescura, depois de ter gravado 3 álbuns pode-se dizer que eu ja padronizei totalmente o meu timbre de voz, finalmente! ter feito mais um tema instrumental foi uma carta na manga desse algum a música Ex Machina é uma influência total de rock industrial com tema de vídeo game, voltei a usar teclados nesse disco o mesmo tecladinho de celular que tinha usado no volume 1, dessa vez com arranjos improvisados que casaram muito bem em sua proposta, um slap de baixo matador! foi uma das musicas que eu mais curti nesse disco! chegando o dia da mixagem depois de ter feito toda aquele trabalho no som da caixa da bateria, o resto dos instrumentos correu bem, acho que foi a mixagem mais facil que ja fiz comparado aos discos anteriores o som ja vinha quase todo pronto, eu só fiz ajustar volume e limpar algumas coisas, de tanto você gravar você ja cria um padrão de mixagem das suas musicas então no quarto album a gente ja fica meio calejado de tanto mexer nisso, é no disco volume 4 que eu finalmente aprendo a usar o reaper que virou mais que uma ferramenta, descobri tanta coisa que nem imaginava, desde equalizadores, plugins, ferramentas de edição, tudo que você imaginar, foi uma experiência muito enriquecedora!, ter gravado o volume 4 me faz ir para outro patamar nessa série, foi um trabalho muito mais bem elaborado, desde a capa até as músicas eu tive muita paciencia e o perfecçionismo beirou a todo momento, e finalmente saia o disco volume 4 que com certeza superou as minhas
expectativas, o disco mais pesado que eu faria depois de 10 anos

 

Lançado no comecinho de 2022 no dia 4 de fevereiro em todas as plataformas digitais, Sistematizado foi feito com bastante raiva e intensidade, ele tem uma coisa meio cyberpunk, apresenta influências do crossover thrash, d-beat e crust com pequenas doses de metal e rock industrial batidas rapidas, riffs pesados e muito barulho, as letras falam sobre o confronto homem versus maquina transformações tecnologicas e comportamentais sofridas pela sociedade, criticas as novas formas de dominação capitalista, efeitos causados  pela pandemia dos anos 2020, dilemas pós-modernos e saúde mental, lembro que quando foi lançado peguei muita gente de surpresa com uma trilha sonora de fim de mundo, gerou os singles “Apps”, “Humanos 4.0”, “Abismo” , “Todo Dia É O Mesmo dia” e “Virtual Intimidade”.


Sistematizado é um grito de raiva em meio ao caos é nervoso, é rápido, é brutal e cyberpunk gosto muito de ouvir bem alto em casa!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Volume 5 - Humorstique

Março de 2023

Pós pandemia é o que poderia chamar, sequelas, mazelas, restos de destruição e baguncinhas espalhadas esse foi o período de 2022 para 2023 que marcou um período de transição não só de governo mas de humor também, eu estava mais aliviado depois de ter gravado dois discos bem loucos eu decidi fazer um outro álbum mais “alegrezinho”, sempre fui apaixonado por punk rock clássico, aquele la dos Ramones, do Sex Pistols que é a base de tudo, aquela pegada da bateria e aquela energia me deixam malucão, como pessoa inquieta já estava com ideias bem afloradas sobre esse novo material, afinal queria dar continuidade a série em seu quinto capítulo, e a sonoridade escolhida foi essa, o mais puro punk rock de raiz, com pitadas de energia e sagacidade todo esse contexto me baseou para o que chamamos de humor hoje em dia, e até onde podemos chegar com isso, já dizia os grande, humor inteligente é a mais poderosa arma de protesto que derruba até tiranias com suas gargalhadas, cháplin fazia isso com maestria em tempos modernos, mas eu não queria e nem estava nessas coca colas todas de querer fazer uma “grande obra prima” só fui de acordo com o que eu estava sentindo, as eleições de 2022 foi um marco importante nisso tudo fiquei dias ansioso por conta desse processo e doido pra debochar da cara dos fascistas caso eles perdessem as eleições mesmo ganhando ou perdendo eu ia tirar muita onda e foi dito e feito o Bolsonaro caiu fora e o lula voltou, sim votei nele mesmo, não tive escolha era o remédio amargo pra poder “amenizar” essa doença reacionária que assolou desde o golpe de 2016 e sinceramente o volume 5 mergulhou forte nessa pegada é o álbum mais direto em sonoridade e mais incisivo nas letras o que realmente é a proposta do punk na sua origem, eu quis usar o humor e o deboche como forma de protesto, meter o dedo na ferida dos direitistas, do roqueiro conservador, dessa coisa capitalista tóxica chamada de “coach” que pegou muito bem nessa palhaçada de red pill e de empreendedorismo, é um disco muito mais alegre que os outros não tem mais aquele chororô do volume 3 e nem aquela raiva do volume 4, foi o álbum mais fácil de compor musicalmente porque eu não queria fazer algo muito complexo, como um bom fã do Ramones tudo soou bem espontâneo, primeiro eu quis focar no instrumental, durante os meses de agosto a setembro eu já estava com os sons todos prontos na cabeça, sempre gravando demos e ouvindo bastante, dessa vez tive ajuda integral de Winston que me emprestou o seu estúdio para poder gravar a bateria, e sim! E sim! Agora foram 8 microfones, nossa! Tudo captado e processado por uma mesa Behringer XR18, já foi uma puta evolução no processo de gravação a bateria era uma Prime série America, que tinha um ótimo som, as peles estavam meio velhas mas isso nem importou tanto pelo menos não tinha sobras de harmônico, principalmente a da caixa que estava naquela afinação médio-aguda que eu gosto muito, não precisei nem fazer muita coisa na mixagem, o som já estava pronto, que milagre não me matar na edição! As músicas eram de boa não tinham muitas viradas, era mais ritmos constantes a dificuldade maior foi a minha ansiedade no dia de gravar e tocar aquele chimbal dobrado estilo Ramones, além de ter usado uma baqueta 2B que era bem pesada, um velho costume de sentar a porrada quando se gravava com um ou dois microfones, nossa Foi uma prova de resistência eu me acabei muito, quase tenho uma tendinite, mas a performance foi ótima, não precisei fazer muitos takes, gravava umas músicas depois parava um pouquinho e depois voltava para as próximas , sem pressa e sem agonia, mais uma vez obrigado Winston por ter me aguentado!, depois de ter gravado a bateria descansei uns 5 dias e fui gravar a guitarra, gravei tudo em casa mesmo, como de costume, na mesma interface e mesmo computador, usei a Memphis mesmo pq ela é muito boa pra gravar e tocar ao vivo, dessa vez não foi usado amp nenhum, eu usei foi no plug-in mesmo, usei um software chamado “SimulAnalog” la tinha uma simulação de um Marshall JCM 900 o mesmo que usei no vol 1, usei um set virtual de pedais e mandei brasa, não tive estresse com microfonação, foi muito fácil e prático, nesse disco as guitarras estavam bem mais simples porém a mão direita tinha que ser feroz e ardente com palhetadas violentas apenas para baixo, senão nem dava o tempero enérgico do punk rock, e foi mole demais, eu amo tocar esse tipo de guitarra, o baixo também foi feito da mesma forma, sem amps e só plug-ins, usei uma simulação de Ampeg SVT pra deixar meu precision bem louco, e não tem como eu sempre gosto de “avacalhar” no baixo criando umas linhas meio doidas, e o resultado foi isso, um instrumental redondo e cheio de energia, esperei terminar o ano de 2022 e em janeiro de 2023 fui gravar os vocais, quase do mesmo jeito, usando microfone dinâmico e muito berro, mas dessa vez fui lá pra Winston de novo pra não poder ficar paranoico com vizinhos, o mais louco é que as letras foram criadas uma semana antes da gravação do vocal e algumas no mesmo dia da gravação, estávamos vivendo o 8 de janeiro onde teve toda aquela onda dos bolsomínions quebrando tudo em Brasília, muitas coisas acontecendo, foi muito pano pra manga pra escrever as letras, foi fazendo um verso aqui e ali e no final consegui com sucesso gravar os vocais e ao mesmo tempo modificando as letras para se encaixar no ritmo, dessa vez não fiquei rouco, não teve tanto berro como no álbum anterior, minha voz já estava padronizada, vol 5 foi o primeiro álbum que dei abertura para participações, chamei meu brother Lucas Valença que fez um puta solo na música “Random Walks” que deu aquela pegada rock’n roll que eu queria, depois na faixa “Best Rockers” chamei Murilo que fez um puta solo bem estilo crossover que eu gostei muito, caiu bem na proposta que queria de debochar os metaleiros de direita, nas outras faixas chamei o mestre Dai Pinheiro pra dividir os vocais comigo na música “Patriotários” Dai é um ícone da cena local no qual me senti bastante honrado com a presença dele, e finalmente chamei meu brother Lucas da Fratüra pra gente fazer um dueto na música “Antifa” que ficou maravilhosa!

 

A capa do disco  foi inspirada no álbum Road To Ruin do Ramones de 1978 no qual eu mesmo que fiz a arte todo no visual punk e com um sorrisão louco!

 

O volume 5 é um disco bem mais tranquilo, tem bastante energia, eu quis trazer essa sonoridade do Ramones pra dentro do meu universo, com um toque mais visceral, ele tem seus momentos de humor, de ironia, fala de rolê e de amizades porque, amigos nós temos, gatunos não sabemos, uma frase que eu me inspirei em um episódio do chapolin colorado! escolhi a cor branca porque pra mim simbolizava uma outra página pra escrever ou desenhar nesses então 5 anos de carreira solo

Humorstique significa Humorístico em francês, é divertido e louco
Toca o dedo na ferida dos fascistas, dos roqueiros da pesada

Tem zoeira com coach, Faz reflexões sobre a vida
 

É um album de punk rock!

 

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